Momentos de delirio, divagações, uma busca no baú de memórias. Saudade dos velhos tempos, dos amigos que acreditavam que iam mudar o mundo, do som grave do baixo, da voz tresloucada de um vocalista que mais parecia uma pulga saltitante no meio do palco. Pois é, um dia a gente acreditou que ia fazer sucesso, ser mais famoso que... Putz, ser mais famosos que as nossas bandas favoritas? Jamais!O ACDC era tudo, o Led, The Who. até o Kiss, eram a nossa inspiração, heavy metal na veia. Mas o Iron Maiden, a Donzela de Ferro, mexeu com nossos brios quando surgiu com o monstrengo Eddie. E o que dizer desse passaro de aço? Esse sim, é o verdadeiro "Force One", não aquela imundice do Obama, ou o Aero-Lula. O Boeing 757 que transporta o Iron Maiden, não leva somente a mítica banda de rock, mas os sonhos de muitos jovens e as lembranças de velhos fãs.
Apesar do Hugo Chavez, aquela bicha velha, foi no Aeroporto Macional de Maiquetia, no meio de um cemitério de aviões velhos, que essa foto foi tirada. Foi na chegada de uma das maiores e melhores bandas de Heavy Metal do mundo.
A Dama de Ferro, ou melhor, o Pássaro de Aço, não leva apenas uma das maiores e melhores bandas de heavy metal do mundo. O Boeing 757 transporta o que os quarentões sempre desejaram, sempre sonharam: o American Dream. O sonho que guitarras potentes, droga, dinheiro, propiciam a poucos.
Na adolescência, queriamos fazer sucesso com um som descompromissado, um rock "baladeiro", que animava as festinhas nas garagens. Sonhavamos com aquilo que nossos pais devem ter sonhado também: sucesso, grana, motos potentes, paz, amor e cervejas geladas. Ah, cervejas geladas, whisky com gelo e soda, Martini com uma azeitona.
Essa parada forçada está me deixando louco. Não paro de pensar em bebidas, e quando paro, aparece uma propaganda de alguma marca. É Itaipava, Skol, Kaiser, Antarctica, os Brahmeiros. Brahma deve ser uma religião, uma das tantas que os indianos cultuam ao longo do Ganges, o rio que mantém cativo o coração da India e atrai milhões de Brahmeiros. Gente morena, bronzeada, sob o sol inclemente, cultuando latinhas de brejas geladas.
Não sei o que é melhor, uma loira gelada, ou uma loira quente como essa ai abaixo.
<>Viver sem destino, Easy Rider, como o road movie americano de 1969, escrito por Peter Fonda, Dennis Hopper e Terry Southern, produzido por Fonda e dirigido por Hopper. Quem, nos idos anos setenta, oitenta, não sonhou em viver aquela louca história de dois motociclistas que viajavam através do sul e sudoeste do Estados Unidos, com o objetivo de alcançar a liberdade pessoal? O sucesso de Easy Rider ajudou a avivar a fase New Hollywood do cinema norte-americano durante a década de 1960. Foi um marco na filmografia de contracultura,a "pedra-de-toque" de uma geração "que "capturou a imaginação nacional",explorou as paisagens sociais, assuntos e tensões na América da década de 1960, tal como a ascensão e queda do movimento hippie, o uso de drogas e estilo de vida comunal.
O filme ainda é bem atual, basta dar uma olhada nos shows, em imagens que as televisões mostram dos Yanks,de suas comemorações, de seus eventos. Sempre tem umas loiras peitudas, carrões, gente bonita, droga e rock and roll. Nada de pagodinho,axê music, apenas o American Dream. Dois ciclistas, Wyatt ou 'Capitão América' (personagem de Fonda) e Billy (personagem de Hopper), Wyatt Earp e Billy the Kid. Wyatt vestido de cabedal adornado com a bandeira americana, e Billy com calças e camisa ao estilo dos nativos americanos.O sonho não acabou.
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